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sábado, 17 de julho de 2010

Anacleto Augusto de Medeiros(1ªParte)


Anacleto Augusto de Medeiros, compositor, regente e instrumentista. nasceu em Paquetá RJ em 13/7/1866 e faleceu em 14/8/1907.

Nascido na antiga Rua dos Muros, filho de uma escrava liberta, foi baptizado com o nome do santo do dia.

Aos nove anos ingressou na Companhia de Menores do Arsenal de Guerra (Rio de Janeiro RJ) e iniciou-se no aprendizado da música, tocando flautim na banda do Arsenal, dirigida por Antônio dos Santos Bocót.

Em 1884 entrou para a Imprensa Nacional (então Tipografia Nacional), como aprendiz de tipógrafo, e matriculou-se no Conservatório de Música, onde foi contemporâneo de Francisco Braga. Na Tipografia, organizou o Clube Musical Guttemberg, integrado por meninos operários. Quando se formou no Conservatório, em 1886, executava vários instrumentos de sopro, mas preferia o sax-soprano. Com alguns músicos da extinta banda de Paquetá, fundou a banda da Sociedade Recreio Musical Paquetaense, compondo para esse conjunto algumas obras sacras, executadas sobretudo em festas, nas igrejas da ilha.

(continua)


Autor e um dos precursores do choro, como de pode ver por este magnífico exemplo

Fonte-MPB cifra antiga

  • Yara
  • Interpretado pelo Bando do Chorão

Só encontrei esta versão amadora da Yara feita Rasga coração

Se tu queres ver a imensidão do céu e mar
Reflectindo a prismatização da luz solar
Rasga o coração, vem te debruçar
Sobre a vastidão do meu penar

Rasga-o, que hás de ver
Lá dentro a dor a soluçar
Sob o peso de uma cruz
De lágrimas chorar
Anjos a cantar preces divinais
Deus a ritmar seus pobres ais

Sorve todo o olor que anda a reacender
Pelas espinhosas florações do meu sofrer
Vê se podes ler nas suas pulsações
As brancas ilusões e o que ele diz no seu gemer
E que não pode a tia dizer nas palpitações
Ouve-o brandamente, docemente a palpitar
Casto e purpural num treno vesperal
Mais puro que uma cândida vestal

Hás de ouvir um hino
Só de flores a cantar
Sobre um mar de pétalas
De dores ondular
Doido a te chamar, anjo tutelar
Na ânsia de te ver ou de morrer

Anjo do perdão! Flor vem me abrir
Este coração na primavera desta dor
Ao reflorir mago sorrir nos rubros lábios teus
Verás minha paixão sorrindo a Deus

Palma lá do Empíreo
Que alentou Jesus na cruz

Lírio do martírio

Coração, hóstia de luz

Ai crepuscular, túmulo estelar
Rubra via-sacra do penar

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