Chiquinha Gonzaga (Francisca Edwiges Neves Gonzaga), compositora e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro em 17/10/1847 e faleceu em 28/02/1935. Filha bastarda do marechal-de-campo José Basileu Neves Gonzaga e de Rosa Maria, mulata e mãe solteira, nasceu na Rua do Príncipe e estudou piano com o maestro Lobo. Aos 11 anos compôs sua primeira música, uma cantiga de Natal, “Canção dos Pastores”.
Cada nova música sua era um êxito seguro. Vale lembrar até como bom exemplo uma certa canção que apresentou numa revista de Luis Peixoto e Carlos Bittencourt chamada “Forrobodó”, e que foi a canção marcante de uma peça em que dezenas de outras músicas se destacavam de modo especial. Mas a que perdurou por anos e anos foi a “Lua Branca” de Chiquinha Gonzaga
Uma interpretação espetacular de Maria Bethania.
Ó lua branca de fulgores e de encanto,
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo
vem tirar dos olhos meus, o pranto
Ai vem matar essa paixão que anda comigo,
Ai! Por quem és, desce do céu, ó lua branca
Essa amargura do meu peito, ó vem e arranca
Dá-me o luar da tua compaixão
Ó vem, por Deus, iluminar meu coração.
E quantas vezes lá no céu me aparecias
A brilhar em noite calma e constelada,
A sua luz então me surpreendia
Ajoelhado junto aos pés da minha amada
Ela a chorar, a soluçar, cheia de pejo
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo...
Ela partiu, me abandonou assim
Ó lua branca, por quem és, tem dó de mim!..
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