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domingo, 29 de agosto de 2010

Joaquim Callado


Joaquim Antônio da Silva Callado, flautista e compositor, nasceu em 11 de Julho de 1848 no Rio de Janeiro e faleceu em 20 de Março de 1880. É considerado o pai dos chorões e foi o mais popular músico do Rio de Janeiro imperial.

Aqui com a interpretação de Maria Martha pode ouvir-se Flor amoroso

Flor amorosa, compassiva, sensitiva, vem porque
É uma rosa orgulhosa, presunçosa, tão vaidosa
Pois olha a rosa tem prazer em ser beijada, é flor, é flor
Oh, dei-te um beijo, mas perdoa, foi à toa, meu amor
Em uma taça perfumada de coral

Um beijo dar não vejo mal
É um sinal de que por ti me apaixonei

Talvez em sonhos foi que te beijei
Se tu pudesses extirpar dos lábios meus
Um beijo teu tira-o por Deus
Vê se me arrancas esse odor de resedá

Sangra-me a boca, é um favor, vem cá
Não deves mais fazer questão
Já perdi, queres mais, toma o coração
Ah, tem dó dos meus ais, perdão
Sim ou não, sim ou não
Olha que eu estou ajoelhado

A te beijar, a te oscular os pés

Sob os teus, sob os teus olhos tão cruéis
Se tu não me quiseres perdoar
Beijo algum em mais ninguém eu hei de dar
Se ontem beijavas um jasmim do teu jardim

A mim, a mim
Oh, por que juras mil torturas
Mil agruras, por que juras?
Meu coração delito algum por te beijar não vê, não vê
Só por um beijo, um gracejo, tanto pejo
Mas por quê?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Chiquinha Gonzaga


Chiquinha Gonzaga (Francisca Edwiges Neves Gonzaga), compositora e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro em 17/10/1847 e faleceu em 28/02/1935. Filha bastarda do marechal-de-campo José Basileu Neves Gonzaga e de Rosa Maria, mulata e mãe solteira, nasceu na Rua do Príncipe e estudou piano com o maestro Lobo. Aos 11 anos compôs sua primeira música, uma cantiga de Natal, “Canção dos Pastores”.


Cada nova música sua era um êxito seguro. Vale lembrar até como bom exemplo uma certa canção que apresentou numa revista de Luis Peixoto e Carlos Bittencourt chamada “Forrobodó”, e que foi a canção marcante de uma peça em que dezenas de outras músicas se destacavam de modo especial. Mas a que perdurou por anos e anos foi a “Lua Branca” de Chiquinha Gonzaga

Uma interpretação espetacular de Maria Bethania.


Ó lua branca de fulgores e de encanto,

Se é verdade que ao amor tu dás abrigo

vem tirar dos olhos meus, o pranto

Ai vem matar essa paixão que anda comigo,

Ai! Por quem és, desce do céu, ó lua branca

Essa amargura do meu peito, ó vem e arranca

Dá-me o luar da tua compaixão

Ó vem, por Deus, iluminar meu coração.


E quantas vezes lá no céu me aparecias

A brilhar em noite calma e constelada,

A sua luz então me surpreendia

Ajoelhado junto aos pés da minha amada


Ela a chorar, a soluçar, cheia de pejo

Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo...

Ela partiu, me abandonou assim

Ó lua branca, por quem és, tem dó de mim!..